sexta-feira, 6 de maio de 2011

Procura-se uma pátria. Ou não.

   Kal-El, o kryptoniano mais americano do mundo como todos sabem, tem seu uniforme colorido de azul e vermelho em homenagem à bandeira estadunidense. Isso não foi escolhido à toa e reflete a verdadeira finalidade de sua criação (como tantos outros super-heróis) no início da década de 1940, época em que o mundo era devastado pela 2ª Grande Guerra. Tudo bem, eu sei que você deve estar dizendo que o Capitão América foi o maior desses heróis criados como representação do patriotismo americano, mas apesar de kryptoniano, o Superman não está nem um pouco longe dele em questão de patriotismo e é considerado um "símbolo da força e da liberdade dos EUA". Ou pelo menos, era.
   Pois é, aconteceu o impossível: Superman deixou de ser americano por livre e espontânea vontade. Claro que essa notícia não foi recebida alegre e pacificamente pelos fãs americanos. Até mesmo eu (que acho o Batman muito melhor super-herói do que o Superman) me assustei ao ler a notícia no Último Segundo. Devo dizer que achei muito interessante essa atitude da DC Comics, que apesar de levantar críticas e acusações, mudou a imagem que eu tinha do personagem para melhor.
   Hoje vivemos em um mundo globalizado e existem certos preconceitos que devem ser quebrados. Pode parecer uma coisa pequena, mas a atitude de transformar um herói americano em um herói global (pelo menos teoricamente) é algo que fere vários desses conceitos e preconceitos americanos sobre o resto do mundo.

"Pretendo falar nas Nações Unidas amanhã e informar-lhes que renuncio à minha cidadania americana. Estou farto de que minhas ações sejam interpretadas como instrumentos da política dos EUA" – Superman
Imagina se outros heróis aderem à moda? Capitão América vai ser o mais afetado, o coitado vai ter que mudar de nome e acho que Capitão Sem-Pátria não ia pegar bem.

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